O Ministério da Fazenda divulgou, em julho de 2025, a nova edição do Boletim Prisma Fiscal, que reúne previsões do mercado sobre indicadores fiscais do país. A projeção de déficit primário foi levemente revisada para baixo, passando de R$ 97 bilhões para R$ 92,8 bilhões, refletindo aumento na arrecadação e corte de despesas temporárias.
Apesar do alívio, o boletim aponta que os precatórios permanecem como um fator de risco relevante para a execução orçamentária. Com a revogação do teto de precatórios, os gastos com essas dívidas judiciais voltaram a crescer exponencialmente, e devem ultrapassar os R$ 100 bilhões já em 2026.
Segundo o documento, o crescimento dessas despesas pode reduzir significativamente o espaço para investimentos públicos e políticas sociais, principalmente diante do novo arcabouço fiscal que limita o crescimento das despesas em 2,5% ao ano.
“O volume de precatórios impacta fortemente o resultado primário. É essencial que o governo planeje com antecedência a acomodação dessas despesas no orçamento”, afirma o relatório técnico.
O Prisma Fiscal também destaca que os precatórios representam uma fonte de imprevisibilidade, uma vez que dependem de decisões judiciais e da forma como os tribunais processam os pedidos de expedição.
A área técnica do Ministério da Fazenda afirmou que está monitorando o crescimento dessas despesas e que possíveis medidas de compensação estão sendo avaliadas para os próximos ciclos orçamentários.
Fontes:
- Ministério da Fazenda – Boletim Prisma Fiscal – Julho de 2025
- Agência Brasil – “Nova edição do Prisma Fiscal aponta déficit menor em 2025” (publicado em 02/07/2025)
- Valor Econômico – “Precatórios voltam a pressionar contas públicas, alerta Fazenda” (jul/2025)